terça-feira, 19 de julho de 2011

E haverá um dia sem cor


Creio que seria menos doloroso se todo poeta não escrevesse a ninguém

Por que somente ele sabe o quanto é bom escrever e da a alguém, mas quem recebe até hoje nunca vi da tanta importância quanto ele mesmo.

Sejam poemas, versos, curtos, longos ele faz como um oceano e todos lêem com uma gota que evapora rápido.

To cansando disso, não é merecimento ou bajulação, e sim apenas algo muito mais simples que eu não teria palavras pra escrever.

O poeta tem olheiras, sono de dia por pouca emoção e poucos tem amor com o que ele faz

De mim o mundo acabava, por que quando esses preciosos morrerem já terá acabado o mundo faz tempo.

O poeta pensa o dia todo em dizer algo que cause um bem nas pessoas a quem ele escreve

Mas muitos não pensam em nada, não fazem nada para torna a passagem de uma pessoa pela terra interessante e satisfatória e única,

Quando as flores secarem e os bosques sitiarem e fogo e não tiver cor nas assas da borboleta ai sim saberá do valor o que sempre teve, e desejarei profundamente que todos os homens que realmente amaram sem medo durmam em paz que entre em extinção os que amam. Mas se escrever poesias ou então em vida não lance “perolas aos porcos” só assim dormirá em paz os amados poetas que sofrem pra viver quantos alguns acham banal ser sentimental

De mim que entrem em extinção os Poetas

E então haverá o apocalipse...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Linhas turvas


Mundo turvo

De linhas tortas

Mãos que desenham

Desatam e emendam.

Destorce e torcem

E ao revés descompactam todo saber

Tricotando toda astúcia da mente que se inquieta

Encadeamento, conexidade,

conexão, ligação, plexo, travação, filiação,

dependência, vinculação de tudo isso há relação, aranhões

entre parênteses,

de passagem, incidentemente, sem

referência a, sem ligação com, à parte, sem a

mínima conexão amar é perde o nexo.

Vivendo recovado a cada segundo mundo turvo