sábado, 27 de novembro de 2010

E assim vivo


Se pra todos tudo bem

Melhor ainda pra mim

Agora em diante é assim

Amando quem me ama

Não odiando quem me odeia

Fazendo pouco da solidão

Estando junto fico feliz, não estando também.

O que eu quero ninguém pode me dar

E ficar triste por que não se tem, não é justo.

Então vivo um novo degrau

Praticando em tudo a arte do desapego

não é desamparo más desapego

Pouca coisa levo no case do violão.

Minha voz, poucas roupas

e a verdade de travesseiro.

Em busca do novo oculto esperando-me

Para à hora “H” no ponto certo da entrega sem reservas

Amar? Falta muito pra saber o que é isso

Mas prossigo entendendo o lado falível

Corrompido pelo doce amargo.

E assim vivo

Vivendo, sorrindo, chorando sendo.

E assim vivo.

Um comentário:

  1. Essa construção poética, de tão sua, é um pouco minha também. Texto bom é assim: o leitor sai com a impressão de que poderia ter escrito da mesma forma, mas não o fez.

    abração e viva intensamente mesmo... esse é o caminho para onde quer que seja...

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