Rios de versos em direção ao mar!

Desperto três e pouca da manhã
Pensando que estava atrasado pro trabalho
E em seguida já me venho pensamento
Será?
Faço minha oração: que Deus pegue em minhas mãos e
me ensine a ser um poeta como Ele é.
Vejo que Ele não tem vergonha de amar
Então já vou aprendendo,
Não terei vergonha de mostrar o que sinto!
Ser, é tudo que sei.
Vou sendo e tecendo o amanhecer
Esse moço espera pelo menos um feixo de luz
Vindo d'ela.
Que seja um olhar, uma carta, um abraço demorado
Uma saudade diferente das apenas saudades.
Não sei se é correto esperar em silêncio
Serio, não sei. E nem ele.
Mas obedecendo o coração
Que é a lei da sua própria razão
Vai talhando versos convexos inversos
Mas sempre direto,
Esse moço apenas espera o momento
Aquele momento em que o rio se encontra com o mar
Em que a chuva se encontra com e terra
Em que o amor amor-daça o coração
O momento que a canção atingiu o alvo
Em que tudo que foi feito para se encontrar, se encontre.
Então o medo sairá de cena
ele não o terá espaço de um fio de cabelo.
Daqui a pouco os pássaros começão a cantar.
Eu a canto primeiro que eles.
Eu quem? O moço, o Chico, eu mesmo.
Ando esperando a outra parte da partitura,
pra que Deus toque a canção por inteiro.
Eu e ela, nós!

O dia já amanheceu presente de Deus
Já vou indo talvez a encontre perto do bosque.